Veja-se como continua a entrevista doPe. Humberto ao Pe. Ismael de Matos:
Dito isto, aquela mulher desconhecida saudou-me e retirou-se.
Não sei com que cara fiquei!... Mas sei que a notícia me deixou atordoado. Limitei-me a murmurar um vago agradecimento e a responder à saudação: «Para sempre seja louvado!»
Os três dias seguintes (até quinta-feira) foram para mim um tormento. Surpreendia-me o facto de nem o Médico, nem a Deolinda, nem nenhum dos meus amigos de Portugal se terem dignado comunicar-me aquela morte. Julgava merecer essa comunicação pelo muito carinho que sempre nutrira pela causa de Balasar. E confesso que se apoderou de mim uma grande amargura.
O correio de quinta-feira trouxe-me a carta que V. Rev.a enviara para Turim e, juntamente, a estampazinha de Pio X que para mim tocara nas mãos da defunta.
Foi então que surgiu em mim o desejo de me encontrar com a desconhecida com quem falara na sacristia para de novo ouvir da sua boca a narração de quanto se passara naquela segunda-feira. Mas como consegui-lo, se eu nem sequer fixara os traços do seu rosto? Perguntei ao pároco se, por acaso, reparara na pessoa que viera procurar-me à sacristia. Mas ele nada vira e os escassos indícios que lhe forneci não conseguiram elucidá-lo:
«Era uma mulher baixa, de cabelo grisalho e aspecto piedoso. Trazia um xaile preto...». Ele então sugeriu:
— Amanhã, ao distribuir a Comunhão, veja se consegue identificá-la. E a única maneira de resolver o assunto.
Naturalmente, eu não revelara qual a razão da minha curiosidade. Só lhe dissera que precisava de encontrar aquela mulher para uma explicação pessoal.
Segui o conselho do Pároco. E pareceu-me tratar-se ele uma pessoa que, após a Comunhão, fora ajoelhar-se a um cantinho, junto de um nicho onde estava a imagem de um santo, já não recordo qual.
Depois da missa, ao encontrar o pároco na sacristia, lembrei-lhe a conversa da véspera:
- Olhe, parece-me que a tal pessoa é aquela que está ajoelhada num cantinho assim, assim.
Respondeu-me:
— É com certeza a Antónia Aiello. Uma bela alma! (continua)
- A ICONOGRAFIA DE CRISTO N...
- MAIS VÍTIMAS DA REPÚBLICA...
- RECENSÃO SOBRE O OPÚSCULO...
- A EDIÇÃO AMERICANA DO OPÚ...
- VÍTIMAS DA REPÚBLICA NA P...
- OS PAÍSES QUE ESTÃO NO TO...
- O PÁROCO DA ALEXANDRINA N...
- RESPEITO DA ALEXANDRINA P...
- Os meus links
- Alexanrina de Balasar Sítio oficial
- Alexandrina de Balasar - Poliglota
- Causa do Padre Mariano Pinho