Sexta-feira, 12 de Janeiro de 2007
Completam-se no próximo dia 31 de Outubro 65 anos sobre a data em que pela primeira vez o mundo foi consagrado ao Imaculado Coração de Maria por Pio XII. Vivia-se então o quarto ano da II Guerra Mundial e o avanço das forças do Eixo parecia imparável. É talvez por essa altura que a sorte das armas lhe começa a ser adversa.
É curioso o que se passou na imprensa portuguesa – ao menos em parte dela.
O país vivia a euforia nacionalista e salazarista. O Jubileu das Aparições de Fátima, que então se celebrava, projectava-o internacionalmente.
Pio XII, segundo se dizia, ia falar de Roma para os portugueses na língua de Camões. Era uma grande distinção.
E falou. Referiu-se mesmo favoravelmente à história pátria e ao novo regime.
Só que, e que parece que ninguém o esperava, terminou a sua alocução com a Consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria. Mas aos jornais isso escapou inteiramente. Apenas alguns dias adiante é que, ao conhecer-se o realce que lhe dava o Osservatore Romano, as pessoas parecem ter acordado.
Nisto há algo de estranho, pois os Bispos portugueses tinham pedido a S.S.
essa Consagração, que o Pe. Pinho lhes tinha recomendado, de acordo com os pedidos de Jesus à Beata Alexandrina. Sobretudo o Arcebispo de Braga tinha óptimas razões para se regozijar com ela.
Como quer que fosse, a Consagração fez-se e foi válida, pois cumpriu os
pedidos de Jesus. Mas um importante pormenor está por cumprir: ela devia efectuar-se todos os anos.