Quinta-feira, 25 de Fevereiro de 2010
Vida pública
A iconografia de Cristo privilegia a sua morte, a instituição da Eucaristia, a sua infância, até o seu baptismo. À parte estes momentos, não é tão abundante. Por isso, é bom podermos assinalar uma meia dúzia de quadros da Vida Pública: a tempestade amansada no Mar da Galileia, na frente da igreja paroquial das Caxinas (em relevo), um momento do episódio da Samaritana, numa fonte pública a nascente da Praça do Almada, na Póvoa de Varzim, Jesus a abençoar as crianças, na capa dos números iniciais da Cruzada, saídos na Póvoa de Varzim, um painel do Bom Pastor, na frente da igreja da Estela (havia também um painel do Bom Pastor no retábulo do altar-mor da igreja de Balasar) e um painel da Transfiguração no retábulo da igreja de Touguinhó.
Sábado, 20 de Fevereiro de 2010
O livro de Francis Johnston Alexandrina the Agony & the Glory foi traduzido para checo por Bob Dvorak; brevemente será colocado em linha. O opúsculo do Kevin vai ser também traduzido para a mesma língua.
Quinta-feira, 18 de Fevereiro de 2010
O estudo das vítimas da República na Póvoa de Varzim – que é também o estudo do contexto concreto em que a pequena Alexandrina lá viveu – está-se a revelar muito mais interessante do que esperávamos. Ontem, quase por acaso, descobrimos o que se passou com as Irmãs de Caridade que trabalhavam no hospital. Além de comer e dormir, ganhavam por ano um hábito novo. Mas nem isso lhes valeu. Já colocámos na página respectiva um breve artigo sobre a sua expulsão.
Também conhecemos agora melhor como se processou o regresso paulatino das Ordens Religiosas a Portugal após a sua extinção em 1834: começou logo em meados do século XIX, com a Regeneração, e por sinal teve um episódio lamentavelmente célebre chamado a Questão das Irmãs de Caridade. Vem tratado na Enciclopédia Verbo em “Irmãs de Caridade”.
Sabemos ainda de duas perseguições carbonárias na Póvoa, uma contra o reitor do Liceu, que se chamava Alberto Nunes Rica, e era sacerdote, outra contra outro sacerdote local.
Segunda-feira, 15 de Fevereiro de 2010
Esta recensão que fizemos à edição americana do opúsculo do Kevin Rowles será em breve colocada em linha no Sítio Oficial em português e inglês:
O opúsculo de Kevin Rowles, A Living Miracle of the Eucharist, está a ter um comportamento singular. Depois de começar como edição de autor, foi já publicado na Austrália e saiu agora nos Estados Unidos pelas New Hope Publications. Cremos que a edição australiana se limita a repetir a inglesa; já a americana tem a originalidade de ser largamente ilustrada: cerca de 40 imagens muito seleccionadas. Além disso, o formato do opúsculo deixou de ser o de bolso para ser bastante maior.
Foi muito bom não ter sido esquecida a tão generosa promessa de Jesus a quem visitar o túmulo da biografada:
“Prometo-te – confia – que depois da tua morte todas as almas que visitarem o teu túmulo serão salvas, a não ser que o visitem para prevalecer no pecado, abusando da grande graça que por ti lhes dei”.
E há ainda aquela poética oração que começa I see my Homeland in distance.
O livrinho é uma biografia de muito agradável leitura, que não se fica só pelos aspectos episódicos e exteriores da vida da biografada, mas procura antes captar a vida interior desta grande alma mística e salientar os ensinamentos que a tornam particularmente actual.
Na contracapa, recorda-se que a Alexandrina foi proposta pela Igreja como “um modelo de pureza e de perseverança na fé para a juventude de hoje”. É importante esta menção da juventude, hoje muito arredada da Igreja e por quem a Alexandrina, como cooperadora salesiana, tanto rezava.
O autor dedica a obra ao fundador da Alexandrina Society, Francis Reynolds, à sua esposa, Sheila Reynolds, à dinâmica Josie McEvoy e por fim a todos os membros dessa associação. Trata-se assim duma publicação que impulsionará significativamente a divulgação da Alexandrina no mundo de língua inglesa, num passo desejável para realizar o desejo de Jesus de que a vida desta Beata chegue até aos confins do mundo.
À bibliografia em língua inglesa e francesa para que remete, acrescentam-se algumas fontes da internet, nomeadamente o Sítio Oficial. Um livro inevitável nesta bibliografia é o de Francis Johnston Alexandrina, the Agony and the Glory.
Quinta-feira, 11 de Fevereiro de 2010
Chegaram finalmente os exemplares da edição americana do opúsculo do Kevin Rowles. Esperamos em breve escrever alguma coisa sobre ele de modo a apresentá-lo aos visitantes do Sítio Oficial.
Segunda-feira, 8 de Fevereiro de 2010
Dissemos há dias que se justificava um estudo sobre os anos iniciais da República na Póvoa de Varzim para entender melhor o contexto em que a pequena Alexandrina lá viveu. Naturalmente não tivemos ainda oportunidade para levar a cabo tão trabalhosa tarefa. Apesar disso, optámos por abrir uma página onde colocámos o que sabemos sobre esse tema. A palestra que se encontra no seu final é da autoria dum médico que também tratou a Alexandrina.
Sexta-feira, 5 de Fevereiro de 2010
Temos vindo a fazer uma breve recolha de imagens relativas à iconografia de Cristo no arciprestado da Beata Alexandrina (para lá, bem entendido, das comuns cruzes). Vamos dar aqui conta do que já apurámos.
A Paróquia de Vila do Conde é certamente aquela onde se encontra uma iconografia mais variada e notável. Basta pensar em Santa Clara e em particular nas edículas dos túmulos renascentistas dos fundadores e ainda na Matriz, com os seus vitrais e com os seus monumentais retábulos. Mas há mais. Por exemplo, os grandes nichos da Via-Sacra.
Na Póvoa também há igrejas onde esta iconografia tem um relevo particular, nomeadamente a Matriz, a Basílica do Sagrado Coração de Jesus e a Igreja da Misericórdia.
À parte estes casos, há depois verdadeiros achados. Exemplos: uma fonte poveira, a nascente da Praça do Almada, onde há um grande painel de azulejo que retrata o episódio da Samaritana, um outro painel de azulejo, na fachada da Igreja Paroquial da Estela, com o tema do Bom Pastor, um Agnus Dei, a nosso ver excelente, no tímpano da porta principal da Igreja Românica de Rates (há um outro, pequenino, mas muito bonito, na fachada da Igreja da Misericórdia poveira), um original conjunto escultórico da aparição do Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Alacoque na Igreja de Bagunte, uma óptima imagem do Ressuscitado na Igreja do Outeiro Maior, um grande painel da Transfiguração na Igreja de Touguinhó, vários painéis da Anunciação, do Baptismo e da Última Ceia, etc., etc. Autênticas maravilhas!
Quarta-feira, 3 de Fevereiro de 2010
Esta página destina-se antes de mais a notícias. Mas às vezes elas escasseiam e só isso é que justifica que ela se desvie da sua função.
Veja-se então a lista dos países que, de acordo com a última informação estatística, ocupam os primeiros lugares nas visitas ao Sítio Oficial: Brasil, Portugal, Estados Unidos, França, Alemanha, Rússia, Canadá, Itália e Polónia. A surpresa é o lugar ocupado pela Rússia, pois o resto é o esperado.
Terça-feira, 2 de Fevereiro de 2010
Os jornais poveiros do período em que a pequena Alexandrina esteve na Póvoa permitiam escrever um longo e instrutivo folhetim. Aliás, é um estudo que precisa de ser feito e que um dia tentaremos.
Verdade seja dita que havia republicanos e republicanos: é indispensável matizar. Muita gente que ficou contentíssima com a instalação do novo regime viu depois que ele, na prática, era um embuste.
O prior da Póvoa – então o pároco da Alexandrina – que era um esclarecido lutador, partiu para o exílio em Vila do Conde em finais de Março de 1911.
Veja-se o que então se escreveu:
“Surpreendeu-nos dolorosamente a notícia do castigo com que o ministro da justiça distinguiu o ilustrado director d’O Poveiro e zeloso pároco desta vila, Rev. Manuel Martins Gonçalves da Silva. Dizemos distinguiu, porque hoje é na realidade uma alta distinção para os Reverendos Párocos serem igualados, na perseguição, aos Ex.mos Prelados.
Porque foi o primeiro pároco do país desterrado do seu concelho e não só da sua freguesia: não pequena honra cabe também a esta vila e a este jornal por contar o seu pároco e o seu director entre as vítimas da intangível lei da separação.
Porque foi só ela – para nós não resta a menor dúvida – a única lei ofendida (?) nas práticas que o nosso Rev. Pároco fez às missas conventuais contra a maçonaria e denominadamente contra o triângulo maçónico desta vila.
A intangível é filha predilecta da maçonaria; quem esta melindra a filha melindra e vice-versa.
O nosso Rev. Pároco não atacou a intangível, mas atacou a maçonaria, o que vem a dar na mesma.
Inde irae”.
O Poveiro, 28/3/1912.