No dia 29 de Junho a Póvoa de Varzim pára para festejar o S. Pedro; é um dia grande do calendário municipal. O bairrismo poveiro é conhecido e por isso as ruas enchem-se de sinais de festivos. Na Mariadeira, há lá uma espécie de barraca onde se pretende mostrar algumas das maravilhas do concelho: representam-se lá a Igreja de Rates, a Citânia de Terroso, parte do aqueduto de Santa Clara, etc. Está lá também uma fotografia muito aceitável da Beata Alexandrina.
O Jornal de Notícias publicou um suplemento a propósito destas festas concelhias. A metade superior da página sete dedicou-a à Beata de Balasar. Infelizmente o escrito abona muito pouco a favor do seu autor, que chega a chamar «Túmulo da Beata Alexandrina» a uma fraca fotografia do painel da Beatificação. Mas salva-se ainda alguma coisa, como as referências ao oratório do Sítio Oficial (com o respectivo endereço), à recente peregrinação italiana, etc. Na Póvoa já se costuma escrever melhor sobre o tema.
Foi anunciado no Diário do Minho do passado dia 21 que os restos mortais do P.e Mariano Pinho virão para Balasar em 14 de Outubro. É uma óptima notícia.
Espera-se que nesse dia se reúnam na terra da Beata Alexandrina os Bispos Portugueses, que esteja lá uma grande delegação jesuíta e uma também grande representação do clero bracarense. Será uma cerimónia à altura do acontecimento.
É como que o regresso do exilado em glória!
É provável que nesse dia também venha uma peregrinação da Irlanda e pelo menos uma representação italiana.
Jesus, que manteve o P.e Mariano Pinho longe da sua dirigida tanto tempo, afirmou que eles estavam sempre unidos. Agora que os restos mortais dos dois vão ficar próximos, só falta começar a caminhada que há-de levar este jesuíta às «honras dos altares», para que ambos partilhem a mesma glória e possam ser invocados conjuntamente.
Em Outubro, ou muito próximo, sairá no Boletim Cultural poveiro um artigo biográfico sobre o P.e Pinho.
Como é sabido existe um Sítio do P.e Pinho: http://causapadrepinho.home.sapo.pt/
O livro de Doménica Ghidotti intitula-se Icone per Pregare (Ícones para orar) e tem como subtítulo «40 imagini di un’iconografa contemporanea» (40 imagens duma iconógrafa contemporânea) – veja aqui:
O seu formato é bastante maior que o de bolso, tamanho naturalmente necessário para se poderem apresentar imagens satisfatórias dos ícones, e alonga-se por 96 páginas.
Os motivos tratados pela iconógrafa são ora bíblicos, ora hagiológicos, como era de esperar, mas ainda assim a diversidade temática poderia não significar tanta diversidade de concepção e de colorido como a que no livro se encontra. Certamente por exigência da especialidade, a obra é repassada de séria fundamentação teológica.
Para cada ícone, à sua descrição segue-se sempre um poema, que é uma oração.
Uma nota biográfica sobre a autora informa que nasceu em Tremosine, Bolsano, Itália, em 1963. «Diplomou-se na Escola de Arte de Gargnano. Depois de ter frequentado durante três anos os cursos de iconografia no Centro da Rússia Cristã de Serriate, com o mestre P.e Egon Sendler, seguiu cursos de especialização na Rússia, na Academia Teológica de S. Petersburgo, e na Itália, sob a direcção do maior iconógrafo russo contemporâneo, o arquimandrita Zinon.
Apresentou as suas obras em diversas mostras quer individuais quer colectivas».
Peregrinação italiana na imprensa:
Póvoa Semanário:
http://www.povoasemanario.pt/default.asp?noticiaid=2407&seccaoid=3&accao=noticia
Diário do Minho:
http://www.diariodominho.pt/imagens_dia.php?codigo=83
Chegou há poucos dias o Boletim da Alexandrina Society.
Hoje a aparição da Santa Cruz de Balasar completa 175 anos. Por isso coloca-se aqui informação sobre quarto ex-voto, aquele que não pertence ao Museu poveiro (sobre os outros, veja-se aqui: http://alexandrinabalasar.free.fr/santa_cruz_de_balasar.htm).
Este parece datar de 1846, enquanto os do Museu vêm de 1834, 1837 e 1838.
O quarto ex-voto é da Paróquia de Balasar e foi restaurado recentemente.
A pintura contém vários elementos: à direita, uma aparição de Cristo numa Cruz que se destaca sobre um fundo luminoso, cercado por um remate a imitar nuvem; ao centro, um homem de joelhos, com a sua cartola pousada no chão, reza voltado para o Crucificado; e à esquerda, um doente na sua cama. Tudo isto no interior duma casa, pois na parede posterior figuram duas janelas com vidraças.
O poder da oração é significado por um jacto de luz que parte do Crucificado e se dirige para o suplicante.
A inscrição da cartela não é legível na totalidade. O P.e Leopoldino interpretara-a assim: MILAGRE FEITO PELLA S.TA CRUZ
O restaurador fez uma leitura diferente da segunda e terceira linhas.
Juntando as duas interpretações e tentando completar o que não está legível, obter-se-ia:
«Milagre feito pela Santa Cruz em Balasar a Inácio José da Silva a um seu neto em perigo de vida por uma “enchação”, por cuja devoção teve saúde em 1846».
O que importa nestes ex-votos é sobretudo o testemunho histórico duma devoção que depois vai ganhar uma importância novíssima com os escritos da Beata Alexandrina.
O opúsculo sobre o ícone tem por título Alexandrina, icona della Pasqua del Signore e é seu autor o P.e Pier Luigi Cameroni; mas teve a colaboração de várias pessoas, como a própria Doménica Ghidotti (que é italiana e não russa, como se tem escrito), o P.e Erino Leoni, a Prof.ª Maria Rita, o P.e Jorge Zanardini, a fotógrafa Bárbara Vizzardi, o gráfico André Marconi e o tradutor do texto para português.
Constituem-no duas partes, a de língua italiana e a de língua portuguesa. Cada uma delas, por sua vez, contém a descrição do ícone e o longo e muito cuidado guião de oração. Acrescem a isto as abundantes e óptimas lustrações, num papel excelente.
A cerimónia da bênção desta bela peça iconográfica contou com a presença de cerca de 400 devotos da Alexandrina.
ORAÇÃO FRENTE AO ÍCONE
Da parte da tarde de hoje houve uma longa oração em italiano frente ao Ícone, seguindo o guião do livro respectivo, mesmo que a sua bênção só viesse a ter lugar pelas 20h30.
Sobre esta obra de arte, que vem enriquecer o património da Igreja de Balasar (que este ano completa um século de existência), deve-se reter que se trata duma pintura muito culta, inclusive com várias palavras
VISITA AO CENTRO DE ESTUDOS
O Pároco de Balasar mostrou ao P.e Pier Luigi e à Maria Rita o Centro de Estudos da Beata Alexandrina. Os dois italianos puderam aí apreciar, por exemplo, a cópia da sentença eclesiástica de 1834 sobre a Santa Cruz, os quatro ex-votos referentes à mesma, até um exemplar do romance As Duas Fiandeiras, etc., bem como alguns espécimes documentais raros relativos à Beata Alexandrina.
Durante a tarde, teve lugar uma visita ao primitivo túmulo da Alexandrina, recentemente recuperado.
Em Outubro, estarão de novo em Balasar o P.e Pier Luigi e a Prof.ª Maria Rita.
Entre os peregrinos, contava-se uma sobrinha do P.e Humberto Pasquale; quem naturalmente não pôde vir foi a Prof.ª Eugénia Signorile, que contudo nada tem perdido da sua força anímica e está sempre pronta a conceber novos projectos.
A Prof.ª Maria Rita espera proximamente vir a concluir o DVD sobre a Beata Alexandrina para que um dia veio a Portugal filmar.
O P.e Pier Luigi referiu-se aos responsáveis pelo Sítio Oficial com palavras muito elogiosas.
As duas rádios poveiras, que ontem se encontraram com os peregrinos, passaram hoje alguma informação sobre este tema.
Balasar recebe ao longo do ano muitas peregrinações, as mais delas portuguesas. Mas também as recebe estrangeiras: para Outubro, por exemplo, anuncia-se uma da Irlanda. Que é que singulariza então a que lá se encontra agora?
São várias as razões: eles vieram directamente de Itália para Balasar; eles trouxeram o Ícone, que ofereceram, e o livro, que o explica; vieram dois activos divulgadores da Beata Alexandrina; e veio ainda a iconógrafa. Além disso, não é inteiramente ocasional a coincidência entre a sua vinda e a comemoração dos 175 anos da aparição da Santa Cruz. Trata-se assim duma peregrinação de pessoas que possuem um conhecimento invulgar da Beata. A outros só lhes cabe «receber», estes podem «dar».
Daí o empenho em fazer desta peregrinação um invento com algum impacto mediático.
A peregrinação italiana que vem trazer o Ícone da Beata Alexandrina já esteve hoje em Balasar.
Cerca das seis horas celebraram missa na Igreja Paroquial e visitaram o túmulo que guarda os restos mortais da Beata Alexandrina. Era notória a emoção com que dele se abeiravam.
A opinião que ouvimos sobre o novo arranjo do túmulo foi muito favorável.
Se ainda não vimos o Ícone, vimos pelo menos o opúsculo que o descreve. Já pudemos conversar com a Prof.ª Maria Rita, com o P.e Pier Luigi e até com a a iconógrafa Doménica Ghidotti.
O Portal Municipal da Póvoa de Varzim tem em linha uma notícia extensa e ilustrada sobre a peregrinação italiana que vem trazer o Ícone da Beata Alexandrina entre os dias 19 e 21 deste mês: http://www.cm-pvarzim.pt/groups/staff/conteudo/eventos/balasar-recebe-peregrinos-italianos/
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