O primeiro número da terceira série do Boletim da Alexandrina já deve ter chegado a todos os destinatários. Chama-se Viver da Eucaristia, Viver para a Igreja – Boletim da Beata Alexandrina e é de publicação trimestral.
Convém lembrar que a origem deste boletim remonta a 1957 – dois anos após a morte da Alexandrina – e foi criação do Dr. Dias de Azevedo, que o dirigiu durante 14 anos, até falecer.
Talvez o seu melhor período corresponda ao tempo em que em Braga corria o Processo Diocesano. Quando foi suspenso, nos anos 70, tinha uma tiragem de mais de 30.000 exemplares, mas a sua qualidade descaíra muito.
O actual número traz na primeira página o editorial, pelo Sr. Pe. Granja, onde expõe o seu projecto para a publicação, e um artigo do Sr. Arcebispo, significativamente subordinado ao título «A Beata Alexandrina presente na vida das comunidades».
«Este Boletim, escreve D. Jorge Ortiga, deve, deste modo, tornar-se um local onde comunicamos as experiências de quem quer mudar de vida e imitar as suas (da Alexandrina) virtudes. Se assim acontecer, estará ao serviço da Evangelização das pessoas e das comunidades. A vida da Alexandrina continuará a ser um grito que proclama que o Evangelho não só é possível mas é caminho obrigatório».
Na segunda página o Cónego Dr. Fernando Sousa e Silva desenvolve o tema «Alexandrina, pobre entre os pobres» e um outro articulista (certamente o jesuíta Pe. Dário Pedroso) escreve sobre o «Padre Mariano Pinho, SJ, Pai e Mestre espiritual». O centenário do nascimento do Pe. Humberto Pasquale é lembrado na terceira página e, na página final, além duma longa «Relação de graças recebidas», vem um breve noticiário.
Embora houvesse a intenção de incluir um sumário, em língua inglesa, dos conteúdos expostos, tal acabou por não ser possível. Parece-nos conveniente, em números próximos, dar a palavra às pessoas que recentemente têm publicado escritos significativos sobre a nossa Beata.
O PODER DE S. JOSÉ
Doze mil escudos
O tormento duma factura a pagar
Na nova construção (em Mogofores) era preciso colocar a canalização da água para os quartos de banho e para a cozinha. Chamei uma firma de Coimbra que examinou o trabalho a fazer, tomou as medidas e prometeu mandar o orçamento.
A quantia apresentada era muito elevada porque o material tinha de ser comprado na Bélgica. Aconselhei a simplificar a instalação, mas a firma insistiu concedendo um bom adiamento para o pagamento. Começaram logo os trabalhos.
Poucos dias depois, chegou a factura com o pedido de pagamento dentro de quinze dias justificando com vários motivos.
Aquela factura de 12.000$00 posta em cima da minha secretária atormentava-me, pois naquele tempo era uma grande soma.
Tive uma inspiração. Desci à Capela (vivíamos ainda na Casa velha) e tirei do seu pedestal a imagem de S. José; levei-a para o quarto e pu-la dentro do armário onde, entre a naftalina, conservávamos as cobertas para o período de Inverno: «Ficarás aqui – disse ao Santo – enquanto me não tiveres ajudado a pagar a grande dívida».
Durante a refeição, o noviço encarregado da Capela veio-me dizer que tinha desaparecido da Capela a imagem de S. José.
Muito seriamente disse-lhe: «A culpa é tua, pois deixas sempre a porta aperta que dá para a estrada. Quando escreveres aos teus pais, pede dinheiro para comprar outro S. José».
O noviço, Bonomelli, era originário de Bérgamo.
Passaram três dias e uma boa senhora veio trazer-me um envelope, desculpando-se da pequena oferta. Chegado ao meu escritório, abria-a e, com minha maravilha e alegria, retirei o conteúdo. Eram 15.000$00!
Corri logo ao quarto guarda-roupa, abri o armário e exclamei a S. José: «Percebi o que te incomoda! É o cheiro da naftalina! Levo-te para o teu lugar na Igreja, mas está atento que não aconteça outra vez!»
Quando, depois do exame de consciência, os noviços entraram no refeitório, Bonomelli correu até mim radiante: «Padre-mestre, S. José voltou, está de novo na Capela».
Eu pus-me a rir... mas não disse nada sobre o que tinha acontecido, acrescentei apenas: «Agradece-lhe reconhecido, pois se não fosse assim, teriam de pagá-lo os teus parentes de Bérgamo».
A guerra e a fome
Quando rebentou a guerra, por graça de Deus Portugal não foi envolvido na tragédia, mas sofreu muito pela falta de víveres. Em Casa tinha umas oitenta bocas a alimentar.
No início daquela carestia, recordo-me de ter posto ao pescoço da imagem de S. José dois saquinhos cheios de farinha dizendo-lhe: «Caro S. José, pensa tu em não deixar que faltem os víveres a toda a comunidade».
Não saberia dizer quantas vezes da camioneta que transportava gente das várias freguesias para a estação ou para a sede do Concelho de Anadia foram descarregados junto à porta do nosso Instituto, sacos cheios de víveres: batatas, cebolas, azeite, verdura, fruta. Ainda hoje não sei quem foram aqueles benfeitores anónimos.
Mas um facto que tem o seu quê de extraordinário aconteceu no Dia de Ramos de 1942. Era meio-dia e tocou a campainha que chamava a Comunidade para o almoço. Ao mesmo tempo, tocou a da portaria. Fui eu mesmo abrir: estavam ali duas irmãs, bastante idosas, que eu conhecia e que moravam em Famalicão de Anadia. Cada uma trazia à cabeça um grande cesto coberto com um pano branco. Depois dum respeitoso cumprimento explicaram-me: «Viemos cumprir uma promessa. Desde há alguns meses não tínhamos notícias dum nosso sobrinho que é militar nos Açores. Preocupadas com o seu silêncio, prometemos que logo que soubéssemos que estava vivo, daríamos à vossa Casa duas fornadas de pão. Ontem recebemos uma carta do sobrinho, com boas notícias e estamos aqui com o prometido». Fi-las entrar e acompanhei-as à despensa através do refeitório.
Chamei o irmão encarregado para ajudar as duas senhoras a descarregar os cestos. Logo que o irmão descobriu os dois cestos exclamou: «Mas isto é um milagre!»
Maravilhado com aquela exclamação perguntei-lhe:
- Milagre, porquê?
- Padre-mestre, não viu, ao passar no refeitório, que nas mesas não há pão? Estamos sem ele desde o pequeno-almoço desta manhã!
- E não me disseste nada?
- Não falei para não o incomodar.
No regresso, passamos pelo refeitório a caminho da portaria enquanto os nossos alunos entravam a comer a refeição com o pão enviado sem dúvida por S. José.
Maria Rita Scrimieri (org.), Il Monello di Dio, pp. 62-63
O jornal poveiro Póvoa Semanário tem estado particularmente atento às notícias sobre a Beata Alexandrina. No último número, fala do livro de Kevin Rowles e do ícone de Bréscia.
Veja-se aqui:
http://www.povoasemanario.pt/default.asp?noticiaid=578&seccaoid=3&accao=noticia
Ao contrário do que se vê na versão em linha, na publicação escrita o ícone é reproduzido em tamanho grande e com muita qualidade.
(No sítio deste jornal, as notícias estão em linha apenas uma semana.)
Na passada segunda-feira, a casa do Sr. Pe. Francisco, nas Fontainhas, Balasar, foi alvo de assalto. O antigo responsável pela Causa da Alexandrina foi atado de pés e mãos, vendaram-no e taparam-lhe a boca; esteve assim durante cinco horas e só no fim pôde chamar a polícia. A sua irmã foi igualmente molestada. O produto do roubo terá sido levado numa carrinha que os assaltantes tinham preparada para o efeito. O Sr. Pe. Francisco está de boa saúde.
Nas Fontainhas têm ocorrido outros casos de assalto, mas a agências bancárias.
Recently were sent to Kevin Rowles the following questions concerning his Alexandrina’s booklet:
A actualidade da Beata Alexandrina e a vitalidade da devoção que lhe é dedicada medem-se também pelas publicações que a divulgam. Ora estes anos que se seguiram à Beatificação têm sido férteis em novidades editoriais. Veja-se:
Livros publicados
Em 2004
AAVV, Alexandrina de Balasar. Testemunho e Mensagem, Arquidiocese de Braga, Braga, Portugal
SIGNORILE, Eugénia e Chiaffredo, Vida Interior da Beata Alexandrina, Apostolado da Oração, Braga, Portugal
SIGNORILE, Eugenia C., Sulle Ali del Dolore, Ed. Gamba, Verdello, Itália
SIGNORILE, Eugenia C., Alexandrina, Voglio Imparare da Te!, Ed. Gamba, Verdello, Itália (no Sítio Oficial
http://alexandrinabalasar.home.sapo.pt/quero_aprender_com_a_alexandrina_1.htm; está também a ser traduzido para várias línguas na Página Mensal: http://alexandrinabalasar.free.fr/pagina_mensal.htm)
FERREIRA, Pedrosa, Alexandrina. Nos Caminhos do Crucificado, Ed. Salesianas, Porto, Portugal
FERREIRA, Pedrosa, Alejandrina. Por los Caminos del Crucificado, Editorial CCS, Madrid, Espanha
MAÇÃO, Hélder, Novena à Beata Alexandrina de Balasar, Apelação, Portugal
Em 2005
PINHO, Mariano, No Calvário de Balasar, Apostolado da Oração, Braga, Portugal (2.ª ed.)
GIACOMETTI, Giulio, SESSA, Piero, SIGNORILE, Eugenia, La Gloria dell’Uomo dei Dolori nel Sorriso di Alexandrina, Segno, Udine, Itália (para aquisição, procure aqui: http://www.edizionisegno.it/itstories/story$num=124&sec=3&data=stories&struct=story)
FEEREIRA, José, Vinde todos... à Descoberta da Alexandrina, Balasar, Portugal (2.ª ed.)
MADIGAN, Leo, Bl. Alexandrina Maria da Costa, the Mystical Martyr of Fatima, Ophel Books, Fátima, Portugal
PASQUALE, Humberto, Beata Alexandrina, Ed. Salesinas, Porto, Portugal (7.ª ed.)
ARAÚJO, Domingos da Silva (coord.), Beata Alexandrina - do Sofrimento à Glória, Paróquia de Balasar, Portugal
Em 2006
COSTA, Beata Maria Alexandrina da, Solo per Amore!, Mimep-Docete, Milão, Itália (em português no Sítio Oficial: http://alexandrinabalasar.free.fr/so_por_amor_index.htm)
CAMERONI, Pier Luigi, SCRIMIERI, Maria Rita, Adoratori di Gesù con Alexandrina, Elledici, Leumann-Turim, Itália (para aquisição, procure aqui: http://www.sdb.org/ITA/doc/AlessandrinaADORATORI.doc)
AAVV, Beata Alexandrina, Viver da Eucaristia, Viver para a Igreja, Balasar, Portugal
CAMERONI, Pier Luigi, Sui Passi di Alexandrina, Elledici, Leumann-Turim, Itália (para aquisição, procure aqui: http://www.elledici.org/libreria/dettaglio.php?CODICE=03594)
FERREIRA, José, Orar com a Alexandrina, Paróquia de Balasar, Portugal
ROWLES, Kevin, Bl. Alexandrina, Living Miracle of the Eucharist, Twickenham, Reino Unido
GABRIELE, Amorth, Dietro un Sorriso. La Beata Alexandrina Maria da Costa, Elledici, Leumann-Turim, Itália (2.ª ed.)
SCRIMIERI, Maria Rita (org.), Il Monello di Dio. Don Umberto Maria Pasquale, Elledici, Leumann-Turim, Itália («O Garoto de Deus» não é propriamente sobre a B. Alexandrina, mas sobre o grande sacerdote que foi o Pe. Humberto Pasquale)
Publicações periódicas
Boletim de Graças (retomado há pouco em Balasar)
Bl. Alexandrina Society Bulletin, com publicação regular desde há 11 anos
Livros anunciados
COSTA, Alexandrina Maria da, Cristo Gesù in Alexandrina, 2.ª edição
PASQUALE, Humberto, Fátima e Balasar, nova edição
Só por Amor! (é quase garantia a edição para breve deste livro em português)
Um livro original por um missionário do Espírito Santo
Um livro original por um Prof. da Fac. de Teologia
Uma biografia do Dr. Dias de Azevedo
O opúsculo do Kevin Rowles (veja-se a capa na mensagem anterior) foi já posto à disposição do público. E com que sucesso: em três dias venderam-se cerca de 750 exemplares! O mérito não será só do livro, mas também do autor, que deverá ser pessoa muito activa – como aliás se espera de quem se converteu ao Catolicismo em adulto.
O livro está muito bem escrito e com um trabalho tipográfico rigoroso, embora simples. É verdadeiramente um opúsculo, em 60 páginas de pequeno formato.
Um outro aspecto interessante é o facto de ser um trabalho que depende de várias fontes menos comuns, como membros da Alexandrina Society, o Sítio Oficial (textos em francês e em inglês) e ter até ligação efectiva a Balasar.
O Sr. Pe. Granja espera pô-lo à disposição dos peregrinos da Beata Alexandrina. Pode também ser pedido ao autor:
Kevin Rowles
80 Craneford Way, Twickenham, TW2 7SQ, England
ou a
The Alexandrina Society
The booklet by Kevin Rowles Blessed Alexandrina – a Living Miracle of the Eucharist has been already published: in three days have been sold nearly 750 copies. A success!
Cost per booklet - £2.00 including p&p.
The author only receives payment in sterling (banker's draft).
For copies, please write to:
Kevin Rowles
80 Craneford Way, Twickenham, TW2 7SQ, England
or
The Alexandrina Society
Embora com atraso, copio abaixo um e-mail do Pe. Pier Luigi Cameroni, que fala dum acontecimento notável sob vários aspectos. Aquele ícone é belíssimo.
Informo também que, como muitos já terão notado, desde o dia 13, há problemas no Sítio Oficial, que naturalmente estão a ser objecto da maior atenção por parte do Webmaster e do Sr. Pe. Granja.
In occasione della Memoria liturgica della Beata Alexandrina nella comunità salesiana di Nave con la partecipazione di tutti giovani confratelli salesiani, dei Cooperatori e degli Amici di Alexandrina è stata solennemente benedetta la nuova icona della Beata opera dell'iconografa DOMENICA GHIDOTTI *.
Questo grande omaggio vuole essere un segno di Lode alla Santa Trinità e alla Vergine Maria per il dono di Alexandrina alla Chiesa e alla Famiglia Salesiana.
“Non so spiegare, ma parte da lei una irradiazione grandissima di bontà che mi ha comunicato due cose: un concetto più chiaro e sicuro della misericordia e dell’amore di Gesù, ed una volontà più viva di corrispondere al Signore”.
(Don Umberto Maria Pasquale, salesiano e secondo direttore spirituale, nella relazione scritta dopo l’incontro con Alexandrina)
____
* Domenica Ghidotti è nata a Tremosine (1963) e si è diplomata alla Scuola d’Arte di Gargnano (BS). Dopo aver frequentato per tre anni i corsi di Iconografia presso il Centro Russia Cristiana di Seriate (BG), ha seguito dei corsi di specializzazione presso l’Accademia teologica di San Pietroburgo in Russia e in Italia. Ha presentato le sue opere in diverse mostre sia personali che collettive. Avvalendosi della formazione ricevuta e della spiritualità, la giovane iconografa non si limita riprodurre i soggetti classici della tradizione russa e bizantina, ma “scrive” nuovi soggetti, fedele ai canoni tradizionali e aperti alle esigenze spirituali delle comunità.
Veja-se ainda aqui:
A Igreja de Balasar encheu-se novamente de peregrinos entusiastas para a festa da memória litúrgica da Beata Alexandrina, que foi presidida pelo bispo D. Antonino Dias, acompanhado por dez sacerdotes e dois diáconos. No final, como estava anunciado, foi benzida a imagem.
Na homilia, D. Antonino, depois de reflectir sobre os textos litúrgicos, falou sobretudo dos últimos momentos da vida da Alexandrina, pois 13 de Outubro é também o aniversário da sua morte.
Duas curiosidades notáveis: esteve lá um idoso sacerdote vietnamita, que em tempos passara pelas prisões do regime comunista («Um mártir!», ouvia-se dizer); a segunda curiosidade foi a presença de membros da muito jovem Fraternidade brasileira da Arca de Maria. Dava gosto ver aquelas irmãs de pouco mais de vinte anos, envergando o seu hábito e respirando alegria. Se o sacerdote representava ali a Ásia gigantesca e os problemas que põe à Igreja, as jovens irmãs anunciavam uma Igreja que cada dia se renova para enfrentar as tarefas que se lhe deparam.
Esteve também presente a miraculada da Beatificação, a D. Madalena.
O primeiro número da nova série – trimestral – do Boletim de Graças já se encontrava à venda, pelo módico preço de 50 cêntimos. Além do editorial do Sr. Pe. Granja, tem um artigo do Sr. Arcebispo, um outro dum professor da Faculdade de Teologia sobre o tema da pobreza na vida da Alexandrina, um artigo sobre o Pe. Mariano Pinho e outro sobre o Pe. Humberto, um pequeno noticiário e uma relação de graças. A apresentação é boa. O boletim é enviado a todas as paróquias de Portugal, além, naturalmente, de outras instituições ou particulares interessados.
O túmulo da Alexandrina tem um novo visual, cheio de luz; quem o idealizou merece os parabéns. A imagem do Imaculado Coração de Maria é muito bonita e aquela cruz pendente muito bem concebida.
Ao lado direito, foi reordenado o espaço de modo a receber o relicário. Tudo também muito bonito, com ar de modernidade.
................
O dia 13 de Outubro, como lembrou D. Antonino, é também o aniversário da morte da Alexandrina. Veja-se então este êxtase de 29/12/44 em que Jesus lhe anuncia:
É neste arrebatamento, num êxtase de amor, saído por entre a dor, que voarás ao Céu!
Coloca-se todo o texto do êxtase para que não fiquem ilusões sobre a vida interior desta Beata, que tinha a dor por constante companhia. Também se não coloca qualquer outro comentário, que se deixa para os especialistas da mística.
Não desaparecem do mundo as sextas-feiras! Ó meu Deus, corro para a morte e a morte para mim. Que dor esta tão angustiosa! A minha cabeça está dilacerada; o meu corpo, com os maus-tratos, despedaçado: é só sangue, é uma chaga viva. É tal a aflição e dor da minha alma que sinto e parece-me ver nela o desespero duma criatura. Por graça e grande misericórdia do Senhor, não estou desesperada; sinto o efeito da desesperação, mas estou calma e serena, sequiosa de mais dor, sequiosa de mais purificação e de mais amor. Só com isto o mundo será salvo; só com estas cadeias fortes o poderei prender.
O sangue corre, a vida vai fugindo; foge para dar a vida, vai louca a salvar o mundo.
Meu Jesus, dai-me a dor que eu tanto amo, dai-me a purificação que eu tanto desejo! Guardai-me em Vós e na Vossa e minha querida Mãezinha. Ouvi a minha alma num brado contínuo de agonia pela dor que sente e de ânsias de Vos entregar o mundo. Queria-o ver nas minhas mãos para vo-lo oferecer como o sacerdote vê em suas mãos a Sagrada Hóstia e a oferece ao Eterno Pai.
Jesus, olhai para mim, vede as ânsias tão agoniosas e imolai-me como Vos aprouver, para Vos dar amor e com ele a humanidade. Queria dizer-Vos muito, mas como nada sei, nada Vos digo.
No meio destas ânsias, veio Jesus.
- Minha filha, anjo da terra, flor mimosa, flor cândida do Paraíso!
Vem, minha filha, receber mais uma prova do meu esposório contigo, da minha união conjugal.
Neste momento, Jesus tomou a minha mão, beijou-me e a acariciou-me e estreitou-me docemente a Ele. Fiquei como que a nadar num mar de gozo, num mar de amor.
Jesus continuou:
- Recebe uma infusão do meu divino amor, recebe-o porque é a tua vida, e tu és a vida das almas.
Coragem, minha filha! Mais um pouco! O teu Céu está perto, agora está perto. Em breve a tua alma, desprendida da terra, voará ao céu como a pomba branca e pura voa ao seu ninho. O teu ninho é o Céu, junto ao trono da Majestade divina, ao lado da minha Bendita Mãe.
Voa a rainha da terra para o seu Esposo celeste, para junto do Rei do Céu.
É junto a Mim, minha filha, que vais continuar a vigiar, a governar o teu reinado na terra.
Não fica nela herdeiro da tua coroa nem do teu reinado. A ti entreguei o reinado do mundo: do Céu o governarás.
Quanto te deve o mundo por o que nele tens feito e por Eu o ter guardado no cofre riquíssimo do teu coração! És um mar de dor, és um mar de amor! Estás transformada no Infinito, tens sobre as almas um poder infinito!
Quanto te é devedora a humanidade, quanto te é devedor Portugal!
O mundo devia estar destruído: foi para evitar males maiores que permiti haver ainda os males presentes.
Pede, pede de novo muita oração e penitência!
Coragem, minha querida jardineira, jardineira do jardim celeste, agricultora divina!
Semeia, colhe para Jesus! Semeia graça, semeia pureza, semeia amor!
O amor é a mais bela flor: quem ama é puro, não ofende o seu amado.
Quem ama sofre por amor.
Ó filhinha amada, a tua dor tem sido a salvação das almas, guia e amparo dos pecadores.
Escuta, filhinha, escuta os Anjos a entoarem-Me louvores e um Te Deum de acção de graças pela vítima que escolhi, pela redentora que ao mundo dei.
Todo o Céu vê a glória que Me deste, todo o Céu vê o valor da tua dor. Escuta, escuta as vozes celestes!
Este louvor é ao terminar o ano; este louvor é dado em teu nome e em nome dos que sofrem contigo, dos que cuidam de ti e da minha divina causa. Dá a todos o meu agradecimento divino.
Olha o que te digo na última sexta-feira deste ano, na última que te falo e renovo a tua crucifixão: não te enganas, nunca te enganaste! Anima-te, tem coragem para a luta!
Antes da tua morte, todas as minhas divinas promessas serão cumpridas. O esposo que ama a sua esposa não a engana nem a deixa enganar.
Quando Jesus me mandou escutar, ouvi as vozes celestes dos Anjos, vozes tão harmoniosas que arrebatavam a alma ao Céu. Só a alma podia ouvir, só ela podia gozar.
Jesus disse-me:
- É neste arrebatamento, num êxtase de amor, saído por entre a dor, que voarás ao Céu.
- Obrigada, Jesus; abençoai esta pobrezinha tão miserável e tão pequenina; à vista da Vossa divina grandeza, desaparece.
Dai-me graça, dai amor!
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