No mesmo jornal que referi anteontem, também se assacavam à Igreja, como coisa muito má, as Cruzadas.
Hoje já nem sei, mas até há pouco Gil Vicente era um homem merecedor de crédito: as suas palavras liam-se com atenção. Ora vejam-se estes seus versos, da Exortação da Guerra:
África foi de cristãos,
Mouros vo-la têm roubada;
Capitães, ponde-lhe as mãos,
Que vós vireis mais louçãos
Com famosa nomeada.
Há aqui afirmações muito claras e verdadeiras, a meu ver, e que hoje todos calam: quem primeiro se assenhoreou pela força das armas dos Lugares Santos, do Norte de África e da Península Ibérica foram os Islamitas. Ora a resposta a isto chama-se, creio eu, guerra de libertação. Será ela assim tão condenável ou Gil Vicente pelo contrário terá toda a razão nas afirmações daqueles versos?
Sabe-se que não há guerras limpas, e as Cruzadas também o não terão sido muitas vezes, mas ainda assim culpe-se primeiro quem começou a guerrear.
Mas há outra coisa: porque se querem ver só os momentos menos airosos da história da Igreja e se cala tanta obra tão positiva que ela realizou e realiza? Quem lembra por exemplo o português S. João de Deus e os seus Irmãos Hospitaleiros, que continuam activos em todos os continentes? E o nosso grande Santo António, que queria ir pregar para o Norte de África, para onde outros queriam levar a guerra? Quem lembra tanta atenção aos desfavorecidos que só a Igreja proporcionou ao longo dos séculos? Quem lembra S. Francisco Xavier, de cujo nascimento se estão a celebrar os quinhentos anos?
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